Para esta Domingueira, eu já havia selecionado alguns regalos foto-literários para saudar mais uma reestreia da Primavera, a única estação que sempre nos brinda com um cheirinho que as demais não tem.
Qual o cheiro do Verão, do Inverno ou do Outono? A Primavera exala o perfume das flores, as quais não sei serão suficientes para encobrir os gazes da bomba de efeito (i)moral que explodiu nesta semana no STF.
O decepcionante desfecho do imbróglio jurídico protagonizado pelo Ministro Celso de Mello tirou do forno uma pizza com um aroma bastante desagradável para os que torciam por um desfecho
exemplar contra a corrupção e o fim da novela mensalão, que se arrasta há mais de seis anos e 50 sessões do STF.
Por outro lado, produziu um odor bem mais agradável aos narizes dos réus e dos seus advogados de defesa. Esse odor assemelha-se ao duplo efeito de um pum, que tem a característica de ser
bem mais tolerável pelo flatulento, pois causa efeitos indesejáveis para os que estão no entorno e são atingidos pelos gases desagradáveis.
Assim foi a decisão do STF, como se cada um dos réus soltasse um pum na nossa cara.
Cara de palhaço.
A quem culpar?
Isso me lembrou uma frase lapidar do chanceler alemão Bismark ao comparar a feitura de leis à fabricação de salsichas: ninguém mais as comeria se soubesse como são fabricadas!
Felizmente, encontrei algo divertido para falar de odores sem poluir o ambiente apolítico da Domingueira, assim espero! Reconheço que tocar nesse tema (flatulência) é um assunto bastante
delicado e corro altíssimo risco de chocar os mais puristas, os mais conservadores e os mais reservados. Alea jacta est.
Porém, data venia, uma coisa é certa: falar sobre flatulências é indiscutivelmente menos chato que
falar de volutas legis e seus impactos sobre o Regimento Interno do STF.
Bom domingo perfumado.ilustração regina bittencourt ,imagens retirada facebook
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