Simone Weil foi uma menina prodígio em literatura e ciência. Aos seis anos de idade sabia citar Racine de memória. Mesmo com todas as perturbações da I Guerra Mundial, obteve o seu baccalaureat es lettres com distinção, em Junho de 1924, aos quinze anos de idade. Em sua prova oral, o presidente da banca examinadora, especialista em literatura medieval, deu-lhe nota 19 em 20 possíveis.
Simone Weil estudou na Ecole Normale Supérieure formando-se como professora de filosofia em 1931. Em 1933, decidiu abandonar o magistério para experimentar como vivia plenamente o operário. Por dois anos trabalhou na fábrica da Renault, sem nunca revelar algo que a tornasse superior aos seus parceiros. Em 1936, viajou para a Espanha porque desejava ajudar os republicanos que sofriam na guerra civil. Sofreu os horrores da guerra. Adoeceu e forçada, voltou para a França. Debilitada, não conseguia mais trabalhar lecionando, quando eclodiu a II Guerra Mundial.
Em junho de 1941, conheceu o Padre Ferrin, do Convento Dominicano de Marseilles, preso dois anos depois pela Gestapo. Nesse tempo, Simone Weil abriu-se para o conhecimento de Deus. Correspondeu-se longamente com o Padre Ferrin. Depois da invasão da França pelos nazistas, voluntariou-se para trabalhar no serviço do Governo Provisório da Resistência. Mas, mesmo no exílio, sua identificação com os que sofriam sob o regime de Hitler foi tão grande que, adoecida e fraca, disciplinou-se a comer uma ração semelhante a que os seus patriotas eram submetidos na região ocupada pelos alemães.
Assim, sua saúde deteriorou-se e Simone Weil morreu solidária aos seus irmãos franceses em 29 de agosto de 1943, aos 34 anos de idade.
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