quarta-feira, 3 de julho de 2013

Um susto JORGE FERREIRA DO FEITIÇO passo a palavra para Turiba

foto regina bittencourt
Luis Turiba
Dia arrastado, cinza e choroso, frio quase gélido, uma sengraceira infinita no Rio de Janeiro. Dia em que um amigo se vai, furando a fila da existencialidade. Uma cadeira vazia no bar, um vazio na gente.
foto Correio Braziliense
Assustadoramente, Jorge Ferreira se foi, sem avisar nem dá pistas.


 Deixou-nos órfãos de papo, poesia, chopps e tira-gostos. 

Logo ele que esteve sempre à frente da construção da cidadania de Brasília. O brasiliense mais mineiro dos todos os mineiros do Distrito Federal.

 O que soube misturar Minas com Rio de Janeiro no Planalto Central. Temperou com o samba a gastronomia das Gerais. Criou uma casa onde o samba se fez raiz, onde a música bateu asas.
Recebia como ninguém, era sempre o primeiro a apoiar e o último a sair. Jamais quis ser o rei da 


noite brasiliense, 

mas foi um farol

 que iluminava

 artistas, 

seresteiros,


 poetas,

 boêmios,

políticos de esquerda com suas propostas e ideias.
Também ele um poeta de livro que fica em pé lançado e saudado. Também ele um sambista/ letrista de muitas e maravilhosas parcerias.


 Tive a sorte de ter um poema escrito pelo Jorge. Falou ele da minha despedida de Brasília com tanta propriedade, que muita gente apostou de eu realmente havia partido para outros planos.
Na última vez que fui a Brasília, marcamos um encontro (como tantos outros) no Feitiço Mineiro. 


Lá, ele se engajou no projeto do CD do Cacá Pereira. Mergulhou de cabeça, como tudo que fez na vida. Jorge Ferreira do Feitiço nos enfeitava e enfeitiçava com seu riso farto, prosa oriunda de Cruzilha, noitadas de samba com petiscos que jamais nos esqueceremos.
retirada facebook lucia leão
Quis o amigo lá de cima, que ele fosse convocado com uma certa antecedência. Nem deu tempo de esperar a Copa do Mundo tão sonhada. Vai Jorge, vai em paz ao som do surdo, do pandeiro, do agogô e da cuíca. 


Aqui, a gente fica firme defendendo teus (nossos) ideais. Tomando uma cachacinha mineira que ninguém é de ferro. Como se diz por aqui: valeu!Ilustraçao Re Bittencourt imagens retirada Google

Um comentário:

luis turiba disse...

Valeu Re. Viva o Jorge