Na década de 1950, uma costureira negra desencadeou um dos maiores manifestos
civis da
história dos Estados Unidos. Rosa Parks, falecida em 2005 aos 92 anos,
tornou-se símbolo da
luta anti-racista e feminista nos EUA quando, em 1955,
negou-se a levantar para um branco tomar seu lugar
Na época vigorava a lei Apartheid, política de
segregação racial inicializada na África do Sul pelos europeus que estavam
colonizando a região. Dentre as várias restrições impostas pelos colonizadores
brancos aos negros estavam o não acesso ao voto e a proibição de se candidatarem
a cargos públicos.
Parks foi presa e multada por não ter cedido
seu lugar no ônibus, pois, segundo a lei vigente, os brancos tinham preferência,
algo como possuem hoje idosos, obesos e grávidas em transportes
públicos. Sua
detenção provocou a reação da comunidade negra local (Alabama), marcando o
início da luta pelos direitos civis dos negros nos Estados Unidos.
Foi então organizado pelo pastor da Igreja
Batista, até então desconhecido, Martin Luther King Jr,
um boicote de 381 dias
ao sistema de ônibus. A manifestação atingiu seu auge em 1964,
culminando na Lei
Federal dos Direitos Civis, que baniu todo tipo de discriminação racial em
qualquer estabelecimento público. Outras conquistas foram precedidas de
atentados até que,
em 1965, Luther King, junto de 25 mil pessoas, realizou uma
marcha reinvindicatória,
resultando na lei que garantia aos negros o direito ao
voto,
assinada pelo presidente Lyndon Johnson.
Para Parks, após sua soltura, existiu uma
grande dificuldade para encontrar trabalho
no
Alabama, além de receber constantes ameaças de morte. Em 1957 decidiu se
mudar para
Detroit, onde trabalhou como assistente no escritório de um
congressista democrata e se tornou uma figura reverenciada. Em 1996 foi premiada
com a "Medalha Presidencial pela Liberdade"
e, em 1999, durante o governo do
democrata americano Bill Clinton,
foi outorgada a ela a Medalha de Ouro,
considerada a mais alta honraria civil dos EUA.
Fonte: /http://rosaparks.info/
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