A escritora canadense Alice Munro, 82 anos, ganhou nesta quinta-feira (10) o prêmio Nobel de Literatura, atribuído pela Real Academia Sueca de Ciências.
Definida pelo comitê como "mestre dos contos contemporâneos", ela é a 13ª mulher a ganhar o prêmio, que começou a ser entregue em 1901.
Definida pelo comitê como "mestre dos contos contemporâneos", ela é a 13ª mulher a ganhar o prêmio, que começou a ser entregue em 1901.
A Real Academia disse não ter conseguido falar com Munro antes do anúncio oficial, como é de costume, e optado por deixar uma mensagem na caixa postal.
Horas depois, em entrevista à imprensa canadense, a autora disse ter ficado surpresa com o
prêmio, que definiu como "maravilhoso". "Sabia que estava no páreo, sim, mas nunca pensei que ganharia."
As 82 anos, a autora anunciou recentemente em entrevista ao jornal "The New York Times" que decidiu parar de escrever para poder se dedicar à família e ter uma rotina "normal". Após uma operação no coração e um tratamento de câncer, em 2009, ela disse que "pareceu natural fazer aquilo que outras pessoas de 80 anos de idade fazem". E acrescentou, com bom humor. "Só preciso que alguém me conte o que é que eles fazem".
Questionado sobre a decisão da escritora de abandonar a literatura, Peter Englund disse que "ela com certeza já criou textos marcantes o suficiente para que pudesse receber o Nobel".
Definida pela escritora norte-americana Cyhthia Ozick como a 'Chekov' de língua inglesa, Alice Munro
nasceu em Wingham, Ontário, em julho de 1931. E uma das características marcantes de sua obra, ressaltada por Englund em entrevista após o anúncio de seu nome, é justamente o modo como o local e o universal se articulam em suas histórias.
A vida nas pequenas cidades, no entanto, não é caracterizada de modo idílico pela autora. "Muitas histórias de Alice Munro são ambientadas em Ontário, onde nasceu e reside até hoje.
Esse apego regional em seus contos confere às histórias certo intimismo, mas também revela a crueldade dos "pacatos" habitantes das pequenas cidades.
Nos 11 livros da escritora canadense, a perversidade e o tema do envelhecimento predominam", escreveu o crítico Antonio Gonçalves Filho sobre a
coletâneade contos Felicidade Demais. "Pouca coisa acontece em seus contos. O que importa mesmo é a forma com que essa canadense vê um mundo deformado - literalmente, no caso do conto Rosto, sobre um garoto com uma mancha na face, que o pai não suporta ver. Alice Munro encara. E escreve obras-primas."
Em maio, foi lançada no Brasil pela Companhia das Letras a coletânea de contos
O Amor de uma Boa Mulher, publicada originalmente em 1998. Felicidade Demais, Fugitiva e
Ódio, Amizade, Namoro, Amor, Casamento também estão disponíveis em português.http://en.wikipedia.org/wiki/Alice_Munro/fonte agências notícias /imagens google e bin
Nenhum comentário:
Postar um comentário