Quem já enfrentou uma doença grave e um tratamento de saúde delicado sabe como essas situações pode fragilizar e descompensar uma pessoa. Imagine quando isso vem acompanhado de descaso, desrespeito e de falta de humanidade dos médicos que, teoricamente, deveriam cuidar e apoiar o doente. Pois é o que estou vivendo neste momento que, sinceramente, não sei de onde tiro forças para enfrentar.
Meus amigos sabem que fui acometida um câncer há cinco anos e, com o apoio decisivo deles, tive a sorte de vencer a doença. Desde então me submeto a um rigoroso controle para prevenir as comuns recaídas. De novo, só quem já enfrentou essa situação sabe a tensão e a ansiedade que precedem e cada um desses procedimentos de controle, pequenas intervenções cirúrgicas com anestesia geral para fazer o tão temido prognóstico. Era essa tensão que eu vivia hoje pela manhã, horas antes de me internar para realiza-lo. Foi quando o telefone tocou e a secretaria da doutora Fernanda Coelho, que seria responsável pelo procedimento, me informou que ela não iria mais realiza-lo. Simplesmente assim: a intervenção estava cancelada, sem nenhuma explicação, justificativa ou encaminhamento do caso para outro profissional.
Tentei ainda alguma explicação junto ao Hospital Home, com o diretor Dr Silveiro e a proprietária Sra Suse Haje, igualmente sem qualquer resposta. Finalmente, depois de muita insistência, a tal secretária que me ligara da primeira vez disse que eu podia ir ao hospital amanhã e “tentar”obter alguma explicação diretamente com a médica ou podia simplesmente procurar outro profissional.
E vejam: o procedimento que eu iria realizar hoje havia sido solicitado ao meu plano de saúde, o GEAP, em OUTUBRO. Foi o plano, e não eu, quem indicou o médico e o hospital para realiza-lo. E mais: já havia sido, por duas vezes, adiado.
Me desculpem, meus amigos, o desabafo. Mas eu precisava dividir minha tristeza e indignação. Passado o pânico em que entrei tenho certeza que vou encontrar uma solução e vencer mais essa provação de cruzar o meu caminho com essas pessoas nefastas. Só me lembro do
Mário Quintana: “Eles passarão, eu passarinho!”fonte LL imagaens retirada facebook
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