sábado, 28 de junho de 2008

Parabéns


Querida mamãe,parabéns por ter concretizado esse sonho!!Isso mostra que você é uma pessoa batalhadora e que sabe ir em frente em tudo na sua vida.Que possam ser realizados muitos dos seus trabalhos para que todos vejam o seu grande valor.Beijos e boa sorte da sua filha Tatiana

quarta-feira, 25 de junho de 2008

EU PERTENÇO AO DISTRITO FEDERAL DE PAZ


Eu Pertenço ao Distrito Federal de Paz. Esse é o mote da sétima atividade
do projeto “Desenvolvimento é Paz, Um Olhar Para o Futuro!”, que desenvolve a
metodologia “Espaço Público Saudável – A Dimensão do Diálogo!”.
Um pouco da nossa história:
Iniciamos nossas atividades com a primeira Caminhada da Paz de
Taguatinga – DF, em 12 de outubro de 2006, com o tema “Dê Asas à Sua
Paz”. Em dezembro do mesmo ano, realizamos a atividade “Pacificar”. Em
abril de 2007, lançamos a metodologia “Espaço Público Saudável – A
Dimensão do Diálogo!”, com o tema “ Com Criança, Adolescente e
Juventude se Conversa nas Dimensões da Afetividade, Responsabilidade
e da Oportunidade”! Realizamos ainda as atividades “Brasília Abraça a
Paz”, a 1ª Conferência da Paz em Taguatinga – DF, com o tema“ Ética,
Democracia e a construção da paz no Cotidiano”.
Para o sucesso da 1ª Conferência da Paz, realizamos 14 oficinas em
7cidades satélites, onde cada segmento elaborou sua própria carta de paz. A sexta
atividade foi realizada com o mote “Preconceito, que Coisa Feia”, na qual
debatemos temas como homofobia, racismo, gênero, obesidade, meio ambiente e
pobreza em três cidades satélites do DF. de um contexto político do DF onde o diálogo
Agora vamos realizar a sétima não tem sido o caminho escolhido para
atividade com o tema “Pertencimento”, O encontrarmos soluções viáveis e sustentáveis.
encontro EU “PERTENÇO AO DISTRITO Assim, pretendemos elaborar o
FEDERAL DE PAZ”. documento com o título “OUVIR PARA
Esse encontro tem o objetivo de reunir as COMPREENDER” como eixo norteador de
organizações da sociedade civil do Distrito nossas ações sem, é claro, excluir qualquer
Federal, e todas as pessoas que cooperam com o setor que queira apenas participar sem se
desenvolvimento, de forma consensual e objetiva submeter a este documento.
e elaborar um documento que expresse para toda O importante neste momento é nos
a sociedade e o Estado, nossos pontos de vista juntarmos, dialogarmos e propormos ações
sobre o desenvolvimento do Distrito Federal nos concretas e realizáveis, de forma que a
temas: Juventude, Cultura, Meio Ambiente, cooperação entre nós, seja o símbolo da
Gênero, Deficientes, Afro- descendentes, nossa força para enfrentar os desafios aos
Segurança Pública e Cultura de Paz. quais nos dedicamos há anos.
E o mais importante: as organizações O encontro “Eu Pertenço ao
da sociedade civil que participará do encontro Distrito Federal de Paz” será simbólico
farão uma vez mais o exercício da cooperação p a r a t o d o s n ó s . To d o s s e r emo s
como o paradigma da sustentabilidade. responsáveis pelo seu sucesso.
Essa rede social terá um documento Traga suas duvidas e suas idéias. Com
público e norteador de sua relação com o sua energia positiva venha construir conosco o
Estado, com a organização e a mobilização da documento OUVIR PARA COMPRENDER.
cidadania local, na busca de comunidades
mais desenvolvidas e pacíficas.
O encontro “Eu Pertenço Ao Distrito Contato: (61) 9558-3207
Federal de Paz” está sendo organizado a partir Email: everardoaguiar@yahoo.com.br
EU PERTENÇO AO DISTRITO FEDERAL DE PAZ

Impunes, por enquanto

Carta Capital
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Olá, blog da regbit
blog da regbit lhe indicou a seguinte matéria:
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http://www.cartacapital.com.br/

Impunes, por enquanto
20/06/2008 14:48:03
Gilberto Nascimento e Rodrigo Martins http://www.cartacapital.com.br/app/materia.jsp?a=2&a2=8&i=1207

O delegado Dirceu Gravina sentiu tremores e falta de ar quando indagado, na terça-feira 17, em frente à delegacia de polícia onde trabalha, em Presidente Prudente (SP), sobre suas atividades nos porões do DOI-Codi (Departamento de Operações de Informações e Centro de Operações de Defesa Interna) de São Paulo, no início dos anos 70. Gravina, conhecido na época pelo codinome JC, quase perdeu a fala. Ele é citado por ex-presos políticos como um dos mais ferozes torturadores brasileiros no período da ditadura militar no País. Gravina nega. Mas tem motivos para se preocupar. Passados mais de 30 anos, os generais brasileiros responsáveis por torturas, mortes e desaparecimentos inexplicáveis não foram levados aos tribunais. Mas os agentes envolvidos na repressão política no País ainda temem cobranças pelos crimes que praticaram. Familiares dos mortos e desaparecidos também insistem na aplicação de punições, a exemplo do que ocorreu em países como Argentina e Chile. Duas famílias, a Silva Telles (com cinco de seus representantes) e a de Luiz Eduardo Merlino, movem processos na Justiça contra acusados de assassinatos e tortura. Agora, o Ministério Público Federal (MPF) também encaminhou ação à Justiça Federal para responsabilizar civilmente torturadores e autoridades da época da ditadura militar no Brasil por crimes cometidos no DOI-Codi paulista, entre 1970 e 1976. A Procuradoria-Geral da República de São Paulo avalia que agentes públicos, “notadamente da União Federal”, praticaram abusos e atos criminosos contra opositores ao regime, “em violação ao princípio da segurança pessoal”. Ilegalidades ocorridas naquela instituição militar, como as prisões ilegais, torturas, homicídios e desaparecimentos forçados, são consideradas pelo Ministério Público como crimes de “lesa-humanidade”. A ação lembra que o Comitê de Direitos Humanos da ONU recomendou ao governo brasileiro que torne públicos os documentos sobre violações aos direitos humanos no País e responsabilize os autores de todos esses crimes. A ação tem alvos específicos: os então comandantes do DOI-Codi naquele período, o hoje coronel do Exército Carlos Alberto Brilhante Ustra, que vive em Brasília, e o tenente-coronel Audir Santos Maciel, do Rio de Janeiro. Ustra já responde a processos de responsabilização das famílias Telles e Merlino. Caso o pedido do MPF seja aceito, ele e Maciel não poderão mais exercer cargos públicos. São citados ainda dois superiores de Ustra e Maciel: o comandante do II Exército na época, general Ednardo D’Ávila Mello, e o subcomandante do órgão, capitão Dalmo Cirillo. Ambos estão mortos. Os ministros do Exército, generais Orlando Geisel (de 1969 a 1974), Vicente Dale Coutinho (1974) e Sylvio Frota (de 1974 a 1977), só não integram o processo porque também já faleceram. O mesmo ocorre com os ditadores de plantão Emílio Garrastazu Médici e Ernesto Geisel, assim como o poderoso chefe do Centro de Informações do Exército (CIE) na época, general Milton Tavares de Souza, que depois virou comandante do II Exército. Todos já morreram. Em paz e impunes. A política de repressão e perseguição ampla “mediante violência” partiu, naquele momento da história do País, da Presidência da República e do Ministério do Exército, avalia o procurador regional Marlon Alberto Weichert, autor da ação juntamente com a colega Eugênia Gonzaga Fávero. Assim, se os responsáveis pelas torturas não tiverem seus nomes execrados publicamente, por não estarem vivos, espera-se, pelo menos, que não continuem dando nomes a escolas, pontes e viadutos pelo País afora. Um dos mais sanguinários policiais do País, o delegado Sergio Paranhos Fleury, do antigo Dops (Departamento de Ordem Política e Social), por exemplo, é nome de rua hoje na cidade de São Carlos (SP). O general Milton Tavares também foi agraciado com um viaduto acima do rio Tietê, em São Paulo. Seu nome está lá estampado. A ação de Weichert e Eugênia tem o objetivo de impedir que os abusos praticados no passado voltem a se repetir. Subscrita por outros quatro procuradores, ela foi encaminhada e aceita pela Justiça Federal no fim de maio. A Procuradoria pede a devolução para a União de todos os valores pagos em indenizações a 64 familiares de mortos e desaparecidos políticos. São presos mortos no DOI-Codi, reconhecidos oficialmente pelo governo brasileiro no documento Direito à Memória e à Verdade, produzido pela Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República. O total a ser devolvido aos cofres do governo, conforme a ação, ultrapassa 9 milhões de reais. Seis mil presos políticos passaram pelo DOI-Codi de São Paulo, subordinado ao II Exército, então o maior e mais temido centro de tortura do País durante a ditadura. Esse cálculo não é de familiares de presos nem de revolucionários esquerdistas, mas de um militar da repressão, Freddie Perdigão Pereira (morto em 1997), um dos envolvidos no atentado do Riocentro, em 1981 no Rio de Janeiro. O número oficial de mortos e desaparecidos políticos no Brasil é 376. Mas a Procuradoria da República estima que, em todo o País, mais de 30 mil pessoas tenham sido vítimas da repressão política, incluindo torturas, prisões e diversos tipos de perseguição. A ditadura argentina somou mais de 30 mil mortes. E puniu seus repressores. “O Brasil não teve uma comissão de verdade para identificar os torturadores e afastá-los do exercício de funções públicas. O Exército sonega informações à sociedade brasileira”, observa Weichert. A corajosa decisão de Weichert e Eugênia deve motivar iniciativas semelhantes pelo País. Outros agentes da repressão devem ser citados em ações autônomas. Novos processos são analisados pelo Ministério Público Federal. O caso do delegado Gravina, por exemplo, pode gerar uma nova ação, se depender da ex-presa política Lenira Machado, de 67 anos, que o denunciou à CartaCapital. Hoje aposentada, Lenira estudava Sociologia na USP em maio de 1971 e militava no clandestino Partido Revolucionário dos Trabalhadores (cisão da Ação Popular), quando foi presa pela equipe do delegado Fleury. Ela passou dois dias no Dops, no bairro da Luz, em São Paulo, e de lá foi levada para o prédio do DOI-Codi, na rua Tutóia. Ali, foi barbaramente torturada três vezes ao dia, durante um mês e meio. Entre outros, pelo então investigador Gravina, o JC. Pela primeira vez, Lenira fala publicamente sobre as torturas praticadas por Gravina. “Ele, o JC, era o braço executivo do Ustra”, testemunha. “Quando interrogava, gostava dos afogamentos e do fura-poço, um tipo de tortura em que a pessoa fica abaixada com o dedo no chão e andando em círculos. Ao ficar tonta, apanha. Ele perguntava e torturava diretamente.” Depois de intermináveis sessões de pau-de-arara, espancamentos e cadeira do dragão (espécie de cadeira elétrica, na qual a vítima, durante o espasmo do choque, estica as pernas e bate numa barra de ferro), Lenira teve um deslocamento na coluna e ficou paralítica. Fez um longo tratamento de fisioterapia para voltar a andar. Condenada a cinco anos de prisão, mesmo doente, cumpriu um ano e oito meses, no Presídio Tiradentes, em São Paulo. No DOI-Codi, as equipes de tortura se alternavam pela manhã, tarde e noite, relata a ex-presa política. “Todos recebiam orientações do Ustra e tinham reuniões diárias com ele para relatar o que extraíam da tortura”, atesta. “Eles usavam codinomes e morriam de medo que a gente soubesse quem eles eram.” Mas JC era uma figura marcante. Muito jovem (tinha 21 anos naquela época), era bem diferente dos militares e demais policiais civis, diz Lenira. “Ele usava cavanhaque, cabelos compridos e lisos. Era meio hippie”, lembra. Por causa da cabeleira, surgiu o codinome JC, em alusão a Jesus Cristo. Até hoje, o delegado usa um rabo-de-cavalo. Gravina foi identificado por Lenira quase por acaso. Um parente dela o viu numa reportagem de jornal sobre um suposto vampiro que agia na cidade de Presidente Prudente e mordia o pescoço de adolescentes. O diligente delegado, que odeia ser fotografado e briga com repórteres por esse motivo, apareceu mais do que devia e, assim, ela o localizou. As sessões de tortura comandadas por Ustra e JC eram sempre embaladas por música clássica. Quando era tocada num volume alto, alguém ali era torturado com requintes de crueldade. Era uma maneira também de evitar que os vizinhos ouvissem gritos. “Como gosto muito de música, consegui desvinculá-las da tortura e não consigo lembrar de nenhuma delas”, afirma a ex-estudante de Sociologia. Em breve, Lenira deve repetir esses relatos aos procuradores Weichert e Eugênia. “Quem torturou da forma como ele torturou, não é uma pessoa normal. E eu não posso acreditar que ele não continue torturando presos comuns. Faz parte da personalidade sádica dele. Só um sádico sente prazer nisso”, desabafa. “Não posso permitir que isso aconteça novamente.” O Ministério Público Federal tem a mesma preocupação. “É notório que o uso da tortura e da violência como meio de investigação policial ainda hoje pelos aparatos policiais brasileiros decorre em grande medida dessa cultura da impunidade. A falta de responsabilização dos agentes públicos que realizaram esses atos no passado inspira e dá confiança aos atuais perpetradores”, afirma a ação dos procuradores. Manter hoje acusados de tortura em cargos públicos é um risco para a sociedade, assegura Weichert. “É preciso reconhecer que a tortura funciona. Uma pessoa que pratica tortura, que se acostumou com isso e exerce a função de delegado, traz um risco para a sociedade”, analisa. “Vamos analisar esse caso, mas ele precisa chegar a nós oficialmente.” A Ouvidoria da Polícia de São Paulo informou não haver denúncias de tortura contra presos comuns envolvendo o delegado. Mas, na repressão política, a ficha corrida de Gravina é extensa. Altino Dantas Junior, ex-vereador do PT de Santos, acusa-o de ser responsável pela morte no DOI-Codi do preso político Aluízio Palhano Pedreira Ferreira, em 21 de maio de 1971. Dantas enviou uma carta com a denúncia, em agosto de 1978, ao general Rodrigo Jordão Ramos, então ministro do Superior Tribunal Militar (STM), que adotava um corajoso posicionamento contrário às violações aos direitos humanos. “Por volta das 23 horas, ouvi quando o retiraram da cela contígua à minha e o conduziram para a sala de torturas, que era separada da cela forte, onde me encontrava, por um pequeno corredor. Podia, assim, ouvir os gritos do torturado. A sessão de torturas se prolongou até a alta madrugada do dia 21, provavelmente até 2 ou 4 horas da manhã, momento em que se fez o silêncio”, relatou o ex-preso político. “Alguns minutos depois fui conduzido a essa mesma sala de torturas, que estava suja de sangue mais do que de costume. Perante vários torturadores, excitados naquele dia, ouvi de um deles, conhecido pelo codinome JC (cujo verdadeiro nome é Dirceu Gravina), a seguinte afirmação: ‘Acabamos de matar o seu amigo e agora é a sua vez.’” A violência não parou por aí. O Grupo Tortura Nunca Mais aponta JC como o policial que metralhou os estudantes Alexander José Ibsen Voerões e Lauriberto José Reyes, ambos militantes do Movimento de Libertação Popular (Molipo), em 27 de fevereiro de 1972, numa rua do Tatuapé, na zona leste de São Paulo. A morte de Yoshitane Fujimori, integrante da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), também envolve uma polêmica. Ele teria chegado vivo ao DOI-Codi, em 5 de maio de 1970, conforme JC declarou a outros presos. Depois, apareceu morto. Casos como esses nunca foram apurados. Para Weichert, incutiu-se no imaginário nacional a idéia de que a Lei de Anistia implica o esquecimento integral de toda a violência ocorrida no País. “Isso não se sustenta nem judicialmente nem sociologicamente. A Corte Interamericana de Direitos Humanos diz que não se faz reconciliação com esquecimento. Isso pressupõe verdade, transparência e justiça”, acredita o procurador. O jurista Dalmo Dallari, professor aposentado da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), aponta como uma “contradição gritante” da Lei de Anistia a ampliação do indulto a todos aqueles que estavam a serviço do Estado. “Esses acusados não eram políticos, eram agentes públicos envolvidos em torturas. É uma legislação feita em causa própria, durante um governo ditatorial”, pontua. “É verdade que outros países seguiram pelo mesmo caminho durante um tempo. Era necessário evitar o conflito. Mas a Argentina e o Chile estão punindo seus repressores. Nós, 20 anos após a redemocratização, nem sequer abrimos os arquivos da ditadura. O brasileiro tem uma tradição de conciliação absolutamente exagerada.” Se mirarmos no exemplo da Argentina, a história do acerto de contas com os repressores por lá é repleta de avanços e recuos na Justiça. Ainda assim, a impunidade não prevaleceu. Até o fim do ano passado, 263 militares e policiais foram presos ou processados pelos crimes cometidos realizados durante a ditadura. Entre eles, estão incluídos os ex-ditadores Jorge Rafael Videla e Reynaldo Bignone, ambos em prisão domiciliar. A Argentina passou por uma primeira ditadura de 1966 a 1973. Mas foi no segundo período ditatorial, entre 1976 e 1983, que a repressão aos opositores políticos foi marcada por uma violência sem precedentes. Três anos após a redemocratização, os comandantes das quatro juntas militares que governaram o país foram julgados e condenados à prisão perpétua. As punições motivaram uma série de levantes militares. Para acalmar os quartéis, o então presidente Raúl Alfonsín decretou as chamadas “leis de perdão”, que impediram novos julgamentos contra repressores por 20 anos. Diversos generais, a exemplo de Videla, obtiveram indultos e conseguiram manter-se afastados da cadeia por algum tempo. Em 2005, no entanto, a Suprema Corte argentina, já com vários juízes indicados pelo presidente Néstor Kirchner, derrubou as leis que protegiam os repressores. Centenas de processos contra militares e policiais reapareceram nos tribunais. No Chile, há divergências sobre o número de vítimas da ditadura comandada pelo general Augusto Pinochet, entre 1973 e 1990. As estimativas variam de 3 mil a 10 mil opositores assassinados. Apesar da elevada cifra, o governo democrático que sucedeu Pinochet não questionou a Lei de Anistia, que perdoava crimes anteriores a 1978. Nem tentou rever as regalias ao ex-ditador previstas na Constituição de 1980. Tanto que, após deixar a Presidência, Pinochet chefiou o Exército por oito anos. Alvo de mais de uma dezena de processos que não vingaram, por conta dos benefícios de ex-chefe de Estado, Pinochet só foi preso graças ao empenho do juiz espanhol Baltasar Garzón, que acolheu as denúncias de familiares de espanhóis desaparecidos no Chile e abriu um processo contra ele pelos crimes de genocídio, terrorismo e tortura. Em obediência a um mandado internacional de busca e apreensão expedido pela Justiça espanhola, a Scotland Yard deteve Pinochet em Londres, onde ele permaneceu em prisão domiciliar por 503 dias. De volta ao Chile, o ex-ditador perdeu a imunidade e continuou sob investigação, mas conseguiu se manter afastado dos tribunais por razões médicas. Morreu em 2006 e foi sepultado sem honras de Estado nem declaração de luto oficial. A presidente chilena Michelle Bachelet, presa, torturada e exilada durante a ditadura, recusou-se a comparecer ao enterro. Apesar da condescendência com Pinochet, nos últimos anos a Justiça chilena iniciou uma série de julgamentos contra militares e policiais que atuaram na repressão. Pouco mais de 20 agentes foram condenados até agora, alguns à prisão perpétua. Mas, em maio, quase uma centena de militares chilenos e antigos oficiais da Dina, o serviço secreto da ditadura, foram presos pelos crimes cometidos sob as ordens de Pinochet. No Brasil, a situação está muito aquém dos exemplos dos vizinhos do Cone Sul. Até agora nem sequer conseguimos responsabilizar na área cível um único agente de repressão. Que dirá colocá-los na cadeia. A Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos, por exemplo, insiste há anos na abertura dos arquivos da ditadura. “Não precisa abrir tudo. Há documentos que podem comprometer a soberania nacional ou provocar incidentes diplomáticos. Como também existem pessoas que não estão dispostas a ver a vida de familiares devassada”, pondera o advogado Marco Antônio Barbosa, presidente da comissão. “Mas é necessário criar um critério justo e claro para revelar alguns documentos e avançar nesse trabalho de resgate da memória”, completa. Para Barbosa, a punição criminal dos torturadores e assassinos a mando da ditadura ainda é algo muito distante da realidade brasileira. Ainda assim, ele acredita que o processo de responsabilização civil movido pelo MPF pode trazer avanços. “Os comandantes do DOI-Codi não serão presos, mas eles devem ser obrigados a ressarcir o Erário pelas indenizações que foram pagas por conta dos crimes. E o depoimento deles pode ajudar a esclarecer fatos ainda obscuros.” Fábio Konder Comparato, professor emérito da Faculdade de Direito da USP, não poupa argumentos para defender a punição exemplar a todos os que atuaram na repressão política. Autor da representação que levou o MPF a ajuizar a ação civil pública contra os antigos comandantes do DOI-Codi, ele atuou em outros três casos contra a União movidos por familiares de vítimas. Para Comparato, o recente processo “pode abrir caminho para punir tanto os executores como os mandantes dos crimes”. Embora considere difícil identificar todos os que ajudaram no aparato da repressão, até porque muitos documentos da época continuam sob sigilo de Estado, o advogado acredita ser possível, inclusive, estender esses processos aos colaboradores civis da ditadura. “Os empresários que ajudaram a financiar a repressão também devem ser punidos. É o princípio da co-autoria. E tem muita gente viva gozando dessa impunidade. Os filhos e netos deles têm o direito de olhar nos olhos dos pais e avós e perguntar: vocês foram responsáveis por mortes e torturas?” A argumentação de Comparato tem relação com uma realidade ignorada por boa parte dos brasileiros. Os militares contaram com o apoio inestimável de setores da classe média e da elite, inclusive no financiamento dos órgãos de repressão. De acordo com um levantamento realizado pelo Projeto Brasil: Nunca Mais, diversas multinacionais, como o Grupo Ultra, a Ford e a General Motors, entre outras, financiaram a Operação Bandeirante (Oban), projeto piloto de repressão que resultou na criação do DOI-Codi (quadro à pág. 29). Entre os doadores, destaca-se a figura do industrial dinamarquês naturalizado brasileiro Henning Boilesen, diretor do Grupo Ultra. Segundo relatos de vítimas, contestados pela família do empresário, ele participava pessoalmente de sessões de tortura e teria, inclusive, emprestado o nome a um instrumento de suplício: a “pianola de Boilesen”, uma espécie de teclado com eletrochoque. Boilesen tinha trânsito livre na Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp). Quem lhe abria as portas era Theobaldo De Nigris, que presidiu a entidade de 1966 a 1980. Diversos oficiais do Exército admitem que empresários davam contribuições financeiras à ditadura. Mas falam de forma genérica, sem citar nomes. É o caso do general-de-brigada Adyr Fiúza de Castro, que chegou a chefiar o Centro de Operações de Defesa Interna (Codi) do I Exército, no Rio de Janeiro. Em depoimento para o Centro de Pesquisa e Documentação da Fundação Getulio Vargas (FGV), depois publicado no livro Visões do Golpe, Castro conta que, em 1964, ficou surpreso ao marchar com uma brigada do interior de São Paulo para uma unidade do Exército no Paraná: “Lá encontrei nada menos que 18 jipes novos em folha, doados pelos industriais de São Paulo”. Mas também há documentos militares, recentemente divulgados, que comprovam que alguns empresários se recusaram a dar dinheiro, a exemplo do industrial José Mindlin, do Grupo Metal Leve. A honrosa exceção de Mindlin é sempre lembrada pelo jornalista Ivan Seixas, que passou pelas dependências do DOI-Codi paulista em abril de 1971, quando tinha apenas 16 anos. Filho do metalúrgico Joaquim Seixas, militante do Movimento Revolucionário Tiradentes (MRT), ele foi levado ao cárcere juntamente com o pai, sob a acusação de terem executado Boilesen, o industrial acusado de contribuir e arrecadar dinheiro para a Oban. Enquanto eram barbaramente torturados, a casa da família foi saqueada. A mãe e os outros irmãos dele também foram presos. Logo no segundo dia de cadeia, Ivan foi convidado a dar um “passeio” pela rua Tutóia, onde ficava a sede do sombrio DOI-Codi paulista. Surpreendeu-se, diante da banca de jornais, ao ler a notícia de que o pai havia sido morto num confronto com a polícia. “Eles mostraram a reportagem, mas meu pai estava vivo”, conta. Horas depois, a família ainda escutava a voz de Joaquim nos interrogatórios. Somente mais tarde, conseguiram ouvir um diálogo entre dois agentes que confirmou a morte. No processo contra a organização de esquerda MRT na Justiça Militar, há uma foto do cadáver de Joaquim. Para a Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos, que investigou o caso, há “inequívocos sinais de espancamento e de um tiro na altura do coração”. Ivan permaneceu por um mês no DOI-Codi, depois foi transferido para outras delegacias e penitenciárias. Ao todo, ficou seis anos preso. “Nesse primeiro mês em que estive lá, não fui torturado pelo Gravina. Ele bem que queria. Veio pessoalmente na cela fazer ameaças, dizer que eu não sairia vivo. Mas ele não podia mexer comigo. Fui capturado por outra equipe. Já o Ustra, conhecido como Tibiriçá, esteve presente na sala. Não batia, mas dava ordens: ‘Põe ele no pau-de-arara, faz isso, faz aquilo’.” Pelo que passou sua família nos porões da ditadura, Ivan gostaria que o governo e a Justiça brasileira tivessem a mesma postura dos vizinhos argentinos.

Como eles agiam

Após o ditador de plantão Arthur da Costa e Silva decretar o Ato Institucional Nº 5 (AI-5), em dezembro de 1968, a estrutura do sistema repressivo no País adquiriu o formato de uma pirâmide, tendo como base as salas de interrogatório e tortura e no ápice o Conselho de Segurança Nacional. Esse órgão, ligado diretamente à Presidência da República, coordenava as atividades das Três Armas e era municiado de dados pelo Serviço Nacional de Informações (SNI), cujo comandante possuía status de ministro. A rede de informações do SNI se estendia sobre os ministérios civis, por meio das Divisões de Segurança e Informações (DSI), chefiadas por militares, além de todos os outros órgãos da administração pública, inclusive com a colaboração de civis. Para melhorar a eficácia do aparato de repressão, os militares viram a necessidade de integrar as organizações com essa finalidade ligadas aos ministérios do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, bem como da Polícia Federal e das polícias estaduais. É nesse contexto que surge, em 1969, a Operação Bandeirante (Oban), em São Paulo. Embora não estivesse oficialmente vinculada ao II Exército, documentos reunidos pela Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos nos últimos anos, que serviram de base para o livro Direito à Memória e à Verdade, publicado pela Presidência da República em 2007, revelam que a operação era, de fato, chefiada pelo comandante do II Exército, o general Canavarro Pereira. O efetivo da Oban contava com homens das Forças Armadas, das polícias estaduais e até mesmo com civis paramilitares. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Projeto Brasil: Nunca Mais, a operação nutria-se de verbas fornecidas por empresários. Aprovado pelo governo militar, esse modelo centralizado de atuação foi estendido a todo o País. A partir de 1970, em cada um dos quatro comandos do Exército, dois órgãos internos uniram-se: o Destacamento de Operações de Informações e o Centro de Operações de Defesa Interna, conhecidos pela sigla DOI-Codi. Eles atuavam conjuntamente nos mesmos moldes da Oban, com uma composição mista de militares e policiais. Em seu livro de memórias, o major Brilhante Ustra, que comandou o DOI-Codi de São Paulo de 1970 a 1973, reconhece essa colaboração. Segundo ele, do efetivo de 250 homens daquela unidade, apenas 40 eram do Exército. Os demais eram policiais, muitas vezes transferidos para lá de maneira extra-oficial. Além das doações de empresários, os DOI-Codis contavam com dotações orçamentárias próprias e logo assumiram lugar de destaque na repressão. Mas eles não eram os únicos atores envolvidos na perseguição política. Os Departamentos de Ordem Política e Social (Dops), ligados às polícias estaduais, as delegacias regionais da Polícia Federal, bem como o Centro de Informações da Aeronáutica (Cisa), o Centro de Informações da Marinha (Cenimar) e o Centro de Informações do Exército (CIE) trabalharam de maneira independente na repressão e são responsáveis por centenas de torturas, mortes e desaparecimentos. Esse complexo aparelho repressivo também atuou fora das fronteiras nacionais. Há numerosos registros históricos sobre a colaboração de agentes brasileiros com as ditaduras militares que emergiram na Bolívia, no Chile, no Uruguai e na Argentina ao longo da década de 70. Àquela época, o Brasil exportava o que tinha de pior: as técnicas de interrogação e tortura.
Anos de chumbo
Você acha que os arquivos das Forças Armadas, que podem esclarecer casos de tortura, assassinatos e desaparecimentos durante a ditadura militar, devem ser abertos?

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Não

segunda-feira, 23 de junho de 2008

A CASA NO DOMINGO



Luz de outono, quase inverno
Tarde de domingo, um pouco antes da noite de São João
Pássaros canoros em árvores sem frutos saudam a mudança de estação
O ipê rosa floriu, mas sua estupenda florada já caiu
Cães amigos circulam pelo jardim
O gato preguiçoso sumiu pro vizinho
Brincar de viver é o que resta no quintal da existência
A quintessencia
A bruxa boa vem hoje pra queimar
Qualquer energia que não fluiu pelo dia e se encalacrou no solar
Mas a beleza da luz granulada
Essa marcou

sexta-feira, 13 de junho de 2008

UnB - UnBem - UnBoa

O movimento estudantil revitalizou a Universidade de Brasília que vem retomando uma agenda de vanguarda. Desde a ocupação da reitoria pelos estudantes e a conseqüente queda do reitor em abril último, a comunidade acadêmica tem pautado eventos focados na questão da democracia universitária, como as Jornadas de Memórias da UnB que realiza o seminário UnB:o ano de 68 e "A Rebelião dos Estudantes" com a seguinte programação:
Dia 11 de junho de 2008
Horário:10h as 18h.
Local:Auditório 9 ICC-Sul(Minhocão)
10h - Documentário
Depoimento Vladimir Palmeira(Curta metragem).
10:30 - Mesa Redonda
O movimento estudantil e o "Território Livre" do campus da UnB
Coordenadora:Maria Francisca Coelho (Profª SOL)
Participantes:
Lenine Bueno Monteiro(Urbanista e Planejador Urbano)
Antônio de Pádua Gurgel(Jornalista)
Xico Chaves(Artista Plástico)
13h - Lançamento de filme
"A Rebelião dos Estudantes - Brasília, 1968"
14:20h - Debate
Participantes:
Antônio de Pádua Gurgel(autor do filme e livro)
Fábio Félix(DCE)
Luíza Oliveira(DCE)
Norton Monteiro Guimarães
15h-Sorteio de 1o livros "A Rebelião dos Estudantes"
15:30 às 18h: Roda de Memória: Depoimentos de ex-alunos 68
O cotidiano na UnB nos anos 1960
"As barricadas fecham as ruas, mas abrem caminhos" Maio/68
Essa legenda está no folder de divulgação da CALOURADA DO DCE e traduz bem o clima reinante no campus. Com programação de 10 a 13 de Junho, que engloba o Seminário das Jornadas de Memórias da UnB, a Calourada agita o lema "1968 à Abril de 2008 - A luta não pára"
10 de Junho - Terça-Feira
12 h - Anf. 11
Mesa de Abertura:
"Educação não é mercadoria"
Mesa: MST, ADUNB, Conlutas, Articulação do Grito, DCE
11 de Junho - Quarta-Feira
Seminário UnB - O Ano de 68 e "A Rebelião dos Estudantes"
12 de Junho - Quinta -Feira 12h
Debate:"Ocupa e Resiste" Debate sobre o movimento estudantil
Exibição do filme:"A revolta dos pingüins"
Mesa: MPL, DCE-UnB, Conlutas, FOE-UNE
18h Memorial da Ocupação da Reitoria UnB
"É Proibido Proibir"Cartazes, Fotos e Vídeos sobre a ocupação
Birita e Música
Local:Ceubinho
13 de Junho - Sexta-Feira 12h
Assembléia Geral dos Estudantes, Professores e Servidores da UnB
Local: Reitoria 14h COSUNI que definirá sobre a paridade
Local: Auditório da Reitoria

BRIC A BRAC NA CAIXA


Cultura
CAIXA CULTURAL ABRE AS PORTAS PARA MAIS TRÊS EXPOSIÇÕES
Brasilia, 12 de Junho de 2007
A semana promete ser agitada para os brasilienses que gostam de cultura. Além de atrações como sessão de cinema, lançamentos de livros, show de Paulinho Moska, e de exposições sobre a mandioca e sobre a fé dos romeiros, mais três mostras serão abertas, na próxima sexta-feira. São gravuras, pinturas, desenhos e até mesmo uma retrospectiva de uma revista experimental que divulgou a poesia no país. Todas as exposições estarão em cartaz até o dia 15 de julho.

Juliane Fuganti e Marcelo Conrado inauguram a mostra Memórias Urbanas. Ela apresenta 20 peças, entre cerâmicas e gravuras, que aliam a força e resistência à sutileza e rigor nos traços. Marcelo Conrado traz 30 pinturas em acrílico, que abusam da multiplicação de linhas e traços, e exalam uma energia pura, gestual e expressiva, influenciada pelo caos. Juntos, os artistas refletem sobre os desafios de fazer arte em meio às agressões do cotidiano.

Ainda no tema gravura, Leda Watson vira o assunto de cabeça para baixo, por meio de 13 quadros de gravuras em metal, na mostra Desconstrução da Gravura. A artista remexeu o baú de criações, alterou formatos e criou novas propostas, que reinventam antigos trabalhos. Leda, que há quarenta anos se dedica a realizar exposições, workshops e palestras no Brasil e no exterior, lança também um livro, Gravuras de Sonho, que traz técnicas originais.

Leda Watson é uma das mais destacadas gravuristas do país. Como arte-educadora, criou o 1º Núcleo de Formação de Gravadores em Brasília. Criou ainda o 1º Museu de Arte de Brasília. Por seis anos, coordenou o Programa de Museus da Secretaria de Cultura do DF. Aposentada como professora desde 1995, ela vive a rotina de artista em tempo integral.

Para fechar a intensa programação de exposições, o público terá a oportunidade de revisitar a história de uma revista brasileira que atinge a maioridade. Bric-a-Brac, Maior Idade, faz uma releitura dos 21 anos da publicação que explorou como poucas a poesia brasileira. Artistas gráficos e plásticos, escritores, fotógrafos e jornalistas produziam a revista, que estampou figuras como o poeta pantaneiro Manoel de Barros, o bibliófilo José Mindlin, o sambista Paulinho da Viola, a psiquiatra Dr. Nise da Silveira e Caetano Veloso.

Além da exposição, será lançado um catálogo com trabalhos inéditos e um clip-documentário com depoimentos e histórias da revista, que entrou para a história das publicações de Brasília. Na mostra, é possível conferir fotos dos encontros entre a equipe e os entrevistados, capas da revista em grande dimensão , linha do tempo com as páginas, e vitrine de correspondências. A revista nasceu na livraria Presença, no Conic, e foi editada pelos jornalistas Luis Turiba, Lúcia Leão, Regina Bittencourt e pelo designer Luis Eduardo Resende, Resa.

Serviço:

Abertura das exposições:
Memórias Urbanas, Desconstrução da Gravura
e Bric-a-Brac.

abertura: 14 de junho de 2007, 19 h
visitação: de 15 de junho a 15 de julho de 2007
horários: de terça-feira a domingo das 09h às 21h
Local: CAIXA Cultural– SBS Qd 4 lote 3/4, anexo do edifício Matriz
Recepção: 3206-9448
Administração: 3206-9450
Entrada franca

Gerente da CAIXA Cultural: Sônia Schuitek
Assessoria de Imprensa: 3206-8030/8134-9115

Bric-a-Brac, Maior Idade

Location: Brasilia, DF, Brazil
Monday, July 02, 2007

Bric-a-Brac, Maior Idade
Exposição em homenagem aos 21 anos da revista experimental Bric-a-Brac, que acontece em Brasília, com releituras gráficas dos principais trabalhos publicados, que reuniu durante seis anos poetas, escritores, jornalistas e fotógrafos brasileiros e entrou para a história das publicações de Brasília.A Bric-a-Brac, editada pelos jornalistas João Borges, Luis Turiba, Lúcia Leão, Regina Bittencourt e pelo designer Luis Eduardo Resende, apareceu em 1986, na Livraria Presença do CONIC.
Os visitantes poderão conferir também o catálogo-revista, com textos de poetas como Arnaldo Antunes, Chico César, Francisco Alvim, Chacal, Augusto de Campos, Fred Maia, Paulo Leminski e Manoel de Barros, além de entrevistas com o bibliófilo José Mindlin, o sambista Paulinho da viola, a psiquiatra Dra. Nise da Silveira e Caetano Veloso. Tem ainda a participação de poetas de Brasília, como Nicolas Behr, Ameneres, José Edson, Menezes y Morais, Francinne Amarante e Cristiane Sobral.

Na amostra é exibido um clip-documentário produzido pelo poeta Luis Turiba com o cineasta André Luiz Oliveira. No vídeo o compositor e cantor Zeca Baleiro fala sobre a influência da revista em seu trabalho e declama o poema “A Cópula” de Manuel Bandeira.

A exposição fica aberta ao público de 15 de junho a 15 de julho, de terça a domingo, das 9h às 21h, na Galeria Principal da Caixa Cultural (SBS, Quadra 4, Lote 3/4 – Brasília-DF), com entrada franca.
# posted by Marcos Freitas

REGINA – A HISTÓRIA NÃO OFICIAL II


À Comissão de Anistia Política do Ministério da Justiça
Eu, Ernani Eduardo Pacheco Henning, solteiro, identidade número ***.***-SSP/DF, CPF número ***.***.***-**, Técnico de Comunicação Social da Imprensa Nacional, desde 1990, registrado na Federação Nacional dos Jornalistas Profissionais - FENAJ, declaro para os devidos fins que conheci Regina Célia Bittencourt em 1963, quando mudei com minha família para Brasília. Meu pai, já falecido, Coronel Hernani Azevedo Henning, era militar e tinha servido no Exército com o pai de Regina, Coronel Marcolino Castelo Branco Bittencourt, que morava com sua família na mesma quadra que habitávamos na W3 Sul, quadra 707.Em 1975, dei carona a um colega amazonense, em comum, na Universidade de Brasília-UnB, chamado Moss, até a residência de Regina, onde iria revelar umas fotos no pequeno laboratório que ela havia montado em sua residência, na Sqs 413. Após dois dias, recebi um telefonema de outro colega chamado Wilton peguntando sobre o Moss, que estava desaparecido havia dois dias e que eu teria sido a última pessoa a ter contato com ele.Fiquei preocupado e resolvi ir à casa de Regina para saber notícias do Moss, na SQS 413, em um bloco que não me recordo, num apartamento localizado no andar térreo. Lá chegando, notei a persiana semi-aberta e vi, pela janela, que Regina estava deitada próxima à mesma, sobre umas almofadas parecendo estar dormindo. Quando toquei a campainha, um agente abriu a porta e recepcionou-me com ameaças, ironia, afirmando “só faltava você, neste momento”. Percebi que o apartamento estava todo revirado por mais cinco agentes que lá se encontravam. Regina, aos prantos, imediatamente falou que eu não tinha nada a ver com o que estava acontecendo e que eu era filho de militar, amigo de seu pai. Fizeram-me inúmeras perguntas, querendo saber o que fui fazer naquele local. Felizmente, tinha um negativo comigo e falei que iria revelá-lo em seu laboratório. Perguntei à Regina se seu pai, Cel. Marcolino, estava ciente do que estava acontecendo. Ela respondeu-me que não. Disse, então, que iria pedir ao meu pai que o avisasse. Até hoje não sei como consegui sair de lá e como nada aconteceu comigo posteriormente. Acredito que o agente associou meu sobrenome ao do meu tio Almirante Geraldo Azevedo Henning, que ocupava na época o cargo de Ministro de Estado da Marinha. Mesmo assim, um agente acompanhou-me até meu carro e anotou a placa. Meu pai avisou ao Coronel Marclino o que havia acontecido e, mais tarde, o mesmo localizou sua filha presa em um recinto do Departamento de Ordem Política e Social – DOPS. Sei que este fato acarretou maléficas consequências à Regina, que ficou por muito tempo abalada e traumatizada, com profundas marcas que prejudicaram seus estudos na UnB e no Centro de Ensino Unificado de Brasília-CEUB, à época, e atualmente designado como Centro Universitário de Brasília-UniCEUB, bem como, na Câmara dos Deputados, onde trabalhava. Sei que levou muito tempo para alcançar sua recuperação mental e física tão fragilizada, não sabendo dizer se ainda hoje conseguiu recuperar-se totalmente daquilo tudo que ficou gravado em sua consciência e sua subconsciência.Ciente desses fatos tão marcantes e injustos e vivendo, atualmente, num estado democrático de Direito, sinto-me na obrigação de relatá-los para que sejam analisados e possibilitem uma nova situação, da qual Regina possa recuperar-se moral e profissionalmente, deixando para trás essas profundas seqüelas tão marcantes ocorridas no transcorrer de sua vida.Dou fé que esses fatos declarados expressam a mais pura verdade.
Brasília, 05 de março de 2008.
Ernani Eduardo Pacheco Henning
DECLARAÇÃO
Declaro, para os devidos fins, e em especial para fins de prova junto à Primeira Câmara da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, que, de há muito, conheço Regina Célia David Sanson e afirmo que sua exoneração da Câmara dos Deputados, sacramentada em Janeiro de 1975, significa a culminância de processo existencial conflitivo, perturbador e aterrorizador que teve seu início com sua prisão em meados de 1973 pelas forças de repressão.

ESTUDANTES DO BRASIL ELENCO E PERSONAGENS

REGINA – A HISTÓRIA NÃO OFICIAL
Regina Bittencourt, ouvi seu nome pela primeira vez em um ano da primeira metade dos anos 1980, pronunciado por Maria Coeli Almeida Vasconcellos, apresentando-me a mãe que acompanhava os filhos na comercial da 206 sul. Maria Coeli, uma pioneira de Brasília com mil histórias pra contar, queria fazer um filme sobre a cidade e promoveu um concurso de roteiro com o jornal Correio Braziliense, do qual participei e venci com o roteiro Pic-Nic Fatal, uma visão sobre a cidade que nunca conseguimos filmar, mas que nos levou a tantas outras histórias e personagens que até hoje tento alinhavar num projeto que denominei de Brasilíada, que como a ilíada, pode ser definida como”série de fatos históricos e feitos heróicos na formação de um povo”. Pois bem, se Brasilíada era a minha narrativa de novelista sobre a cidade, Regina surgiu como um de seus personagens fundamentais, tanto que desde então acompanho sua história, o trabalho como fotógrafa, agitadora cultural, funcionária do Ministério da Cultura e a sua luta em busca do reconhecimento pelo estado de seus direitos usurpados desde as sombras da ditadura militar. Foi esse lado da história de Regina que abriu para nós uma clareira no contexto do que era ser estudante e jovem em Brasília. Assim a convidamos, para que, em frente as câmeras, representasse um personagem com trajetória muito próxima daquilo que ela viveu. Nosso filme era “Estudantes do Brasil”, uma reflexão sobre nós mesmos, um grupo de alunos da Universidade de Brasília que acabara de ganhar uma câmera de vídeo U-matic na Faculdade de Educação. A produção resultou um misto de documentário/ficção tingido por acordes do rock’n roll que naqueles dias permeava todas as nossas relações com o mundo e que determinou caminhos, pontes e desvios daquela geração. A participação de Regina como um personagem preso a uma cadeira de rodas, gravado a beira de uma piscina em uma casa do Lago Norte, com o Plano Piloto ao fundo, transfere a narrativa para os anos 1960 ao som de “Pra não dizer que não falei de flores”, pontuando a imagem de fotos expressivas da época, gravadas a partir de Vejas, Realidades e Manchetes, mostrando em ciranda frenética, cores da moda, propagandas e históricas fotos da prisão de estudantes no congresso da UNE.Foi tão forte a associação personagem/atriz, que para muitos a quem apresentávamos Regina depois do filme lançado, reagiam surpresos ao ver que ela não usava cadeira de rodas. Foi também muito pela força deste personagem e seu simbolismo para o momento que vivíamos que escolhemos para finalizar o filme a cena em que ela entra solitária pelo minhocão da UnB, movimentando sua própria cadeira de rodas e olhando a trincheira de carteiras bloqueando a entrada de salas de aula e anfiteatros, com faixas e cartazes de mais uma greve de estudantes, pedindo por mais verbas para a educação e abaixo isso e aquilo da época. Tudo isso são lembranças que pelo milagre da tecnologia podem ser vistas e compartilhadas por todas as gerações, mais de vinte anos depois.
George Duarte

@chado no google

14/07/1991

Em fase ecológica, o vídeo das últimas Panteras-OnçasEntre dezenas de projetos a ecologia no cinema e vídeo, o cineasta/ videasta Sérgio Vladimir Bernardes, carioca, de 36 anos fez um belo documentário rodado no Pantanal: "Panthera Onça", realizada através do Centro de Produção Cultural e Educativa da Universidade de Brasília, associada a Ema Vídeo (fax 061274-6683), que, a partir da próxima semana, estará comercializando cópias deste produto (Cr$ 10 mil a unidade).Filho de um dos mais famosos arquitetos brasileiros, Sérgio Wlademir Bernardes estreou em 1968 com um filme udegrudi ("Dezesperato", 1968), que embora premiado em festivais nunca chegou aos cinemas, deixou pela metade um segundo longa - ("Madrepérola"), fez alguns curtas e viveu muitos anos Exterior - participando de vários trabalhos (entre os quais um filme sobre Baudelaire, premiado em Cannes). Vivendo hoje entre o Rio e Brasília, passou meses fazendo mais de 10 horas de filmagens no Pantanal, do qual extraiu um vídeo de 45' (para televisão) reduzido em 20 minutos na cópia para as locadoras que mostra sua preocupação com a sobrevivência da Pantera Onça - a chamada "onça pintada" - uma das espécies mais ameaçadas de extinção. Com dois outros projetos na linha ecologia - quanto as tartarugas voam " é um vídeo sobre a falta de educação ambiental (ambos com vistas para a Eco-92), Bernardes diz sobre "Panthera Onça". - "Um vídeo procura mostrar homem-onça versus onça-homem, como se estivéssemos a um só tempo mostrando ficção e realidade. Buscou-se um novo caminho para o documentário".Além da belíssima fotografia de Valdir Pina, o vídeo é valorizado por uma instigante trilha sonora de Guilherme Vaz, compositor dos mais respeitados nos meios da música contemporânea, há anos radicado em Brasília onde é professor. A trilha de Vaz dá um envolvimento perfeito às imagens deste vídeo que deveria [ser] mostrado em todo o país.Vinícius de Moraes, cuja presença está mais viva do que nunca - inclusive na edição de suas obras completas pela Companhia das Letras - ganhou um novo documentário sobre sua vida e obra, que acrescenta aos filmes que sua filha Suzana, David Neves e Roberto Newman, entre outros, já lhe dedicaram. "Meu Tempo é Quando" que Antonio Carlos Fontoura realizou para a Metal Vídeo, ainda inédito na televisão.Fontoura, 44 anos, que entre seus curtas metragens documentou Heitor dos Prazeres (1966) e Gal Costa (70), e fez o média "Brasília segundo Alberto Cavalcanti" (82) e que no longa-metragem tem obras marcantes como "Copacabana me engana" (68), "Rainha Diaba" (77) e "O espelho da carne" (84), voltou-se, afetuosamente, ao universo de Vinícius de Moraes (1913-1980). Acrescentando a imagens de arquivos e cenas diversas em que o poeta (e seus amigos) falam, este vídeo traz um inédito depoimento da segunda esposa de Vinícius, Gisa Boscoli - que lembra, com saudade e ternura de seu original encontro com o poeta de "Eu Sei Que Vou Te Amar". Emotivo, delicioso de ser visto, "Meu Tempo é Quando", em vídeo - acrescentou-se a dois outros momentos de referência musical levados ao festival [de] Brasília: o excelente "Nosso Amigo Radamés Gnatalli" dos cariocas Moises Kendler e [Aluísio} Didier e "Isto é Noel Rosa", de Rogério Sganzerla - misturando ficção e realidade com resultado desigual (o que fez com que não recebesse nenhuma premiação, motivando o seu realizador a protestar contra o júri na noite de encerramento). A Galáxia de Bressane - Cineasta vanguardista, Júlio Bressane, 45 anos, que no ano passado conseguiu prêmios em Brasília com sua leitura vanguardista de "Os Sermões de Vieira", este ano compareceu com um vídeo igualmente intelectualizado: "Galáxia Albina". Em colaboração com o poeta concretista Haroldo de Campos, num projeto que deverá estender-se em forma de trilogia, este vídeo de 45 minutos é de uma construção avançada - conduzido pelas cult-stars [Giulia] Gamm e Beth Coelho ( a predileta das montagens de Gerald Thomas), mas intercalando também seqüências cinematográficas de "O Segredo das Jóias" (501, de John Huston), "Macbeth" (48, de Orson Welles) e, principalmente, "Moby Dick" (56,de Huston), interligando-se entre muitos textos e citações. Um momento de emoção: a entrada (em preto e branco) de Paulo Leminski (1944-1989) dizendo que seus sonhos "eram dirigidos por Fuller, Hawks, Ford, Welles e outros cineastas". Em sua inteligente irreverência, o autor de "Catatau" completa:-"Como sonhei 60% de minha vida, posso dizer que 60% dela foi dirigida pelo cinema americano".

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Nem só de ecologia e poeta foi a Mostra Informal de Vídeo, a realidade das crianças de rua surgiu num vídeo de 20 minutos, "Crianças Abandonadas" realizado por Tania Quaresma, 40 anos, que após dois notáveis documentários ("Nordeste: cordel, repente, canção", 75; "Trindade: curto caminho longo" 76/78) foi morar em Brasília, onde é [funcionária] da Fundação Cultural. Voltando há dois anos a dirigir em vídeo, Tania focalizou um tema atual e social - que tem também outro documento impressionante - o média-[metragem] em 35mm, "A Guerra dos Meninos", de Sandra Werneck, baseado no livro-denúncia do jornalista Gilberto Dermestein ( diretor da sucursal da "Folha de São Paulo"), injustamente cortado pela comissão de seleção. Sandra tentou, de todas as formas exibir o seu filme, mas não conseguiu - prometendo levá-lo a Gramado. Seria interessante que a secretária municipal da Criança, sra. Fany Lerner, convidasse estas duas realizadoras a trazerem seus filmes a Curitiba, para uma sessão especial.

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Diariamente, dando uma prova de agilidade de uma equipe jovem, talentosa e voluntária -somada ao moderníssimo equipamento audiovisual que existe no Centro de Produção Cultural e Educativa da Universidade de Brasília, era apresentado a "Agenda Eletrônica do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro". Contendo entrevistas, depoimentos de participantes do festival, com direção de George Duarte, produção executiva de Regina Bittencourt e Fátima Mello e tendo como âncora uma revelação: a bela loira Liége Salgado, atriz brasiliense que tem uma seqüência em "Césio 138", o longa de Roberto Pires (sobre o desastre nuclear em Goiânia), que está sendo anunciado para breve lançamento no Cine Ritz.
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Além de "Crianças Abandonadas", Tania Quaresma também mostrou o vídeo com o qual venceu o projeto Concorrência Fiat/90 - "Som dos Cristais" . André Luís de Oliveira, cineasta baiano ("Meteorango Kid") que prepara atualmente um novo longa-metragem, em seu vídeo "Andança", mostrou um belíssimo ensaio sobre o grupo de dança da Universidade de Brasília.Alunos do cineasta Pedro Jorge de castro (realizador de "Tigipió" e com um vídeo sobre os irmãos Taviani em fase de montagem), no curso de comunicação da UNB, trouxeram o ficção, 16, "O Artista da Fome", baseado num conto de Franz Kafka.Sérgio Bernardes, além de seu "Panthera Onça", mostrou também o documentário "Os Guardiões da Floresta", 40; sobre o Santo Daime. "Raça Negra", de Nilson de Araújo (23, sobre a situação dos negros na sociedade brasileira), "Terra Prometida" de Zé Nobre e Maurício Pinheiro (registro musical do Encontro Ecológico da Barra das Garças, 1990), "Estudantes do Brasil" de George Duarte e "Vídeo In Set", de Maria Maia (registro de dança com Eliana Varneiro) foram outros vídeos exibidos.No último dia da mostra, uma presença quase paranaense: Ronaldo Duque, carioca que viveu por oito anos em Cascavel, ex-cinegrafista de televisão e que com produção de Valêncio Xavier realizou o premiadíssimo "Póstuma Cretã" (1980), hoje vivendo em Brasília, apresentou um vídeo realizado inicialmente para a Bandeirantes mas que acabou censurado pela direção da emissão: "12 Meses, Esta Noite, 15 março, um ano depois "- bem humorada e satírica análise de um ano de governo Collor. Premiado com o documentário "No", que fez no Chile, atuante videasta, Ronaldo Duque foi um dos muito realizadores que se chocou ao saber da violência cometida pela Fundação Cultural de Curitiba contra o estimado Francisco Alves dos Santos. Lamentando os descaminhos da cultura curitibana, disse: - "Eu me lembro da cinemateca nos tempos em que o bom Chico e o Valêncio ali faziam um trabalho de estímulo inteligente ao cinema no prestigiamento aos realizadores. É triste pensar que isto acabou."
LEGENDA FOTO 1- Radamés Gnatalli - que amava a música e os gatos - focalizado num belo documentário de média metragem levado a Brasília - e que teve premiações especiais.
LEGENDA FOTO 2 - "Panthera Onça", vídeo de Sérgio Bernardes, apresentado em Brasília - mas já em distribuição nacional.


Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:


Veículo: Estado do Paraná


Caderno ou Suplemento: Almanaque


Coluna ou Seção: Tablóide


Página: 3


Data: 14/07/1991

ESTUDANDES DO BRASIL, O FILME

GEORGE DUARTE, CRISTINA QUADRA, RODRIGO AZEVEDO LIMA, MARGA MARIA, MARCO COSTA BRAVA, TERESA TOSTES, SUSANA DOBAL, FERNANDO STARLING, ESTUDANTES DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA, RESOLVERAM EM 1986 REALIZAR UMA SÉRIE DE ABORDAGENS SOBRE O UNIVERSO DOS JOVENS ESTUDANTES. EM AGOSTO DE 1987 ESTREAVA ESTUDANTES DO BRASIL, UM LONGA METRAGEM PRODUZIDO EM U-MATIC, O FORMATO DE CAPTAÇÃO DE IMAGENS TOP DE LINHA DA ÉPOCA, TRAZENDO NO ELENCO ALÉM DOS PRÓPRIOS REALIZADORES, FIGURAS CÉLEBRES DA CULTURA BRASILIENSE COMO A FOTÓGRAFA REGINA BITTENCOURT, MARIA COELI, IMPAGÁVEL COMO A PROFESSORA LINHA DURA, ANDRADE JUNIOR E OUTROS TANTOS PERSONAGENS DAQUELES MARAVILHOSOS ANOS 80. IMPERDÍVEIS OS CLIPS DAS BANDAS FILHOS DE MENGELE(DIGÃO DOS RAIMUNDOS ADOLESCENTE), ARTE NO ESCURO, PLEBE RUDE NA PRAÇA DOS TRES PODERES, ELITE SOFISTICADA E RENATO RUSSO EM UMA PONTA CURTÍSSIMA COMO PADRINHO DE CASAMENTO DE PAULA VASCONCELLOS, FILHA DA MARIA COELI, QUE TEVE A CERIMONIA DE SEU CASAMENTO APROVEITADA COMO SEQUÊNCIA DO FILME. NÃO VOU CONTAR O RESTO. SOLICITE O LANÇAMENTO DESTA PÉROLA DO PASSADO BRASILIENSE.

quinta-feira, 12 de junho de 2008